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Como abrir um Pet Shop: do zero ao sucesso [GUIA 2024]

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Sumário

Mulher segurando cachorro de pequeno porte em seu Pet Shop - Descubra como abrir um Pet Shop com o Sebrae RN

Os animais de estimação sempre ocuparam um lugar especial nos lares brasileiros, mas durante a pandemia de COVID-19 vimos seu papel se tornar ainda mais significativo. Com mais pessoas adotando pets durante o período de confinamento, o mercado nacional dos pet shops e marcas especializadas no bem-estar dos animais de estimação alcançou novos patamares de crescimento. 

A mudança de comportamento dos tutores das novas gerações, que valorizam cada vez mais o bem-estar de seus pets – a chamada geração P, impulsiona e molda um novo cenário nesse mercado. Este setor, lucrativo e promissor, tem sido uma escolha para milhares de empreendedores

Se você está entre eles e planeja abrir em breve um pet shop próprio, continue lendo para conferir nossas dicas!

Mercado Pet no Brasil: oportunidades e tendências

O Brasil é o terceiro maior mercado pet do mundo em faturamento, atrás apenas de China e Estados Unidos, com cerca de 225 mil negócios ativos, sendo a maioria de microempreendedores individuais (MEIs). O Instituto Pet Brasil projetou um crescimento de 14% no faturamento do segmento pet no país em 2023, chegando a um total de R$ 68,6 bilhões.

Somos o terceiro colocado também no ranking de países com o maior número de animais domésticos, com cerca de 167,6 milhões (atrás apenas da Argentina e do México). Desses, os cães (67,8) e gatos (33,6) são os mais populares nos lares brasileiros.

A expectativa para 2024 é otimista, com previsões que o setor siga em crescimento, impulsionado por tendências como:

Aumento da penetração de animais de estimação nos lares brasileiros:

São mais de 49 milhões de domicílios brasileiros com pelo menos um animal de estimação. Espera-se que essa tendência aumente nos próximos anos, impulsionada pela urbanização e aumento da renda per capita.

Premiumização” dos produtos e serviços para pets:

Os consumidores estão mais dispostos a investir em produtos de alta qualidade para seus animais. Isso impulsiona o crescimento de segmentos como alimentação premium, serviços de higiene e estética, planos de saúde e produtos para o bem-estar animal.

Crescimento do e-commerce pet:

A compra online de produtos e serviços para pets está crescendo exponencialmente. Essa tendência deve continuar em 2024, com a consolidação de plataformas online especializadas no setor.

Humanização dos animais de estimação:

Os animais são vistos como membros da família, aumentando a demanda por produtos e serviços que promovam seu bem-estar e qualidade de vida.

Expansão do mercado de serviços para pets:

Destaque para serviços como banho e tosa, creches, adestramento, pet sitting e serviços veterinários, que estão em crescimento.

Tecnologias inovadoras para o mercado pet:

  • Aplicativos para pets: agendamento de consultas, compra de produtos, controle de vacinação.
  • Wearables para pets: coleiras inteligentes que monitoram saúde e localização.
  • Telemedicina veterinária: atendimento à distância. 
  • Inteligência artificial para pets: auxílio na identificação de doenças e escolha de produtos.

Passo-a-passo para abrir um pet shop

1. Planejamento estratégico para o negócio pet

Antes de abrir um pet shop, é crucial realizar um planejamento estratégico abrangente. Isso não se resume apenas a estabelecer os objetivos do empreendimento, mas também envolve uma análise situacional SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças).

Essa análise ajuda a identificar os pontos fortes do negócio, áreas que precisam de aprimoramento, oportunidades de mercado e possíveis ameaças. 

O plano de negócios, parte integrante do planejamento estratégico, deve contemplar definições claras do público-alvo, marketing, projeções financeiras e operacionais, além da missão, visão e valores do pet shop. 

Esse documento serve como um guia estratégico, oferecendo direcionamento para todas as etapas da abertura e operação do negócio.

2. Estudo e definição do público-alvo do Pet Shop

O estudo de mercado deve incluir uma análise detalhada da demografia da região, hábitos de consumo, preferências dos clientes em relação a marcas e produtos, tendências de mercado. 

É importante também saber identificar nichos de mercado não explorados e oportunidades de inovação, como produtos e serviços personalizados para raças específicas ou necessidades especiais dos pets.

Além disso, deve-se considerar aspectos como a sazonalidade no mercado pet, preparando-se para os picos de demanda em determinadas épocas do ano. Desenvolver estratégias para lidar com essas variações pode ser determinante para manter a estabilidade e o sucesso do pet shop a longo prazo.

3. Análise da concorrência no mercado pet

Além de analisar os concorrentes diretos, é importante observar também os concorrentes indiretos, como supermercados, farmácias e lojas de conveniência que vendem produtos pet.

Avaliar a reputação e a imagem da marca dos concorrentes, bem como suas estratégias de marketing e posicionamento no mercado, pode fornecer insights valiosos para diferenciar o pet shop e atrair clientes.

4. Definição dos produtos e serviços oferecidos do Pet Shop

Além dos produtos tradicionais como alimentos, acessórios e produtos de higiene, é importante considerar a oferta de produtos premium e diferenciados, como alimentos naturais e orgânicos, brinquedos interativos e acessórios de moda.

Moça alimentando cachorro em pet shop com bolo. Sebrae RN

Quanto aos serviços, além dos serviços de banho e tosa, é possível oferecer serviços de consultoria nutricional, treinamento comportamental, hospedagem e creche para pets.

5. Aspectos legais e tributários para um Pet Shop

No Brasil, o mercado pet é regulamentado por diversas legislações, como a Lei de Proteção Animal e as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Há também o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e cada estado possui o seu, e por aqui temos o CRMV-RN

É importante estar em conformidade com essas regulamentações, obtendo as licenças e autorizações necessárias para o funcionamento do pet shop. 

Quanto aos aspectos tributários, é fundamental entender as obrigações fiscais e tributárias do negócio, como a emissão de notas fiscais, o recolhimento de impostos e a contabilidade adequada. Isso pode incluir:

  • Definição do enquadramento tributário adequado para o pet shop.
  • Conhecimento dos impostos que o pet shop estará sujeito a pagar, como IRPJ, CSLL, COFINS, INSS, ISS, ICMS, TFE, FGTS, entre outros.
  • Procura pelo sindicato da classe para os funcionários.
  • Contratação de um contador qualificado e registrado.

6. Escolha da localização para o novo Pet Shop

A localização ideal para um pet shop pode variar dependendo do público-alvo e das características da região. 

No entanto, alguns pontos-chave a serem considerados incluem a visibilidade do ponto, o acesso fácil para os clientes, a disponibilidade de estacionamento, a proximidade de áreas residenciais e a presença de concorrentes diretos e indiretos. 

Além disso, é importante avaliar o potencial de crescimento da região e as tendências de desenvolvimento urbano.

Confira o Radar de Oportunidades do Sebrae para fazer a melhor escolha

7. Fornecedores e equipamentos necessários para um Pet Shop

Ao escolher fornecedores, é importante considerar não apenas o preço dos produtos, mas também a qualidade, a confiabilidade e a variedade do catálogo. 

Buscar fornecedores que ofereçam condições de pagamento flexíveis e um bom suporte ao cliente pode ser vantajoso para garantir o abastecimento regular do pet shop. 

Quanto aos equipamentos, é fundamental investir em equipamentos de qualidade e durabilidade, garantindo um ambiente seguro e confortável.

8. Planejamento financeiro para abrir um Pet Shop

No planejamento financeiro, é importante considerar não apenas os custos iniciais de abertura do pet shop, mas também os custos operacionais recorrentes, como aluguel, folha de pagamento, estoque, despesas com marketing e manutenção. 

Estima-se que para abrir um pet shop de pequeno porte em uma área de 60m² sejam necessários aproximadamente R$ 45 mil, excluindo o custo do aluguel. Essa quantia engloba a aquisição de um veículo utilitário usado – essencial para o transporte de animais, bem como equipamentos indispensáveis, como máquinas de tosa, secadores, computadores, entre outros.

É fundamental estimar as receitas esperadas e fazer projeções realistas de vendas, levando em conta a sazonalidade do mercado e a concorrência. Além disso, é importante reservar um capital de giro para lidar com imprevistos e garantir a continuidade das operações.

9. Gestão da equipe do Pet Shop

Montar uma equipe qualificada e motivada é essencial para oferecer um atendimento de excelência no pet shop. 

Além de contratar profissionais com experiência e habilidades específicas, é importante investir em treinamentos e capacitações para desenvolver as competências dos colaboradores. 

Estabelecer uma cultura organizacional sólida, com valores claros e comunicação eficaz, pode contribuir para o engajamento e a motivação dos colaboradores.

10. Conte com o Sebrae RN para abrir seu Pet Shop

Buscar parcerias estratégicas com fornecedores, prestadores de serviços e outras empresas do setor pet pode proporcionar vantagens competitivas para o pet shop.  

Além disso, contar com o apoio de instituições como o Sebrae pode oferecer suporte técnico e orientação para resolver desafios específicos do negócio, como questões legais, financeiras e de marketing.

A equipe do Sebrae RN está disponível através do 0800 570 0800, com atendimento 24h e 7 dias por semana (inclusive nos feriados), para orientar novos empreendedores como você, sempre que necessário. 

Caso prefira, não hesite em procurar a agência Sebrae mais próxima ou fale agora com um de nossos especialistas direto pelo WhatsApp ou no chat do nosso site!

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Sobre o autor

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Ana Débora

Graduada em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, especialista em Gestão de Pessoas e Marketing. Atua na Unidade de Soluções e Relacionamento e é gestora das Mídias Sociais do Sebrae/RN.